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A Bacia do Rio Tarim com o Deserto de Taklamakan e suas Múmias Milenares. Parte …

A Bacia do Rio Tarim com o Deserto de Taklamakan e suas Múmias Milenares. Parte 1

Ficamos de voltar pra falar mais das múmias depois da brincadeira do Leite Moça e agora é sério. Mas precisávamos coletar mais dados pois a Ásia Central para nós brasileiros e o resto dos povos americanos é algo tão desconhecido como a superfície da Lua, aliás muito mais fotografada. Não tem como falar de um povo sem falar do local. A Bacia do Rio Tarim (província de Xinjian, China) é a maior bacia endorreica do mundo. Uma bacia endorreica é aquela que não tem saída para o mar. Bons exemplos é o Lago Titikaka e o Delta do Okavango (fotos). Essa bacia tem 400.000 km² sendo rodeada por várias cordilheiras com picos acima dos 7.000 metros. Um terço dessa bacia é ocupado por um deserto gélido, o Taklamakan, um dos mais secos do mundo. Nesse deserto se encontra um sítio arqueológico onde viveu o povo Xiaohe há milênios atrás. No Taklamakan existe o Oásis de Turfã que está a 153 metros abaixo do nível do mar, o segundo ponto mais baixo da Terra, sendo o primeiro o Mar Morto. Esse deserto (o oásis) é irrigado por milhares de poços que coletam as águas das cordilheiras através de seus rios por túneis subterrâneos que variam de 300 metros a 3 quilômetros de comprimento. Se interligados teriam o comprimento de 3.000 quilômetros, uma maravilha da engenharia antiga equivalente à construção da Grande Muralha. Há ruinas de cidades antigas no Turfã. Os povos que vivem no Tarim são bem diferentes dos chineses tradicionais. Vejam o quadro das etnias. A lendária Rota da Seda corta numa das suas variantes a Bacia do Tarim. Continua na 2a. parte.





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