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Uma planta pode sofrer apagamento? A celósia tem uma miríade de nomes populares. Rabo de gato, suspiro, mimosa, crista-de-galo, amaranto-africano, espinafre-africano. Ela é originária da costa oeste africana, sendo até hoje muito consumida em Nigéria, Benin, Gana e Costa do Marfim. Existe há séculos por aqui, trazida possivelmente por essas populações no Brasil colônia. Em poucas localidades o uso como vegetal persiste, apesar de a planta ser comum no país todo e se desenvolver muito bem no nosso clima. É daquela decoração de casa de avó, de pracinha, até de beira de estrada. Durante nossa história ela sofreu apagamento cultural, e seu uso rapidamente se perdeu. Até na Bahia, onde a cultura afrodiaspórica ainda pulsa forte, é bem raro ver dela por lá como alimento, com usos bem pontuais. Esse apagamento não se deu só com ela, viu? Feijão-mangalô, maxixe, quiabo, jiló, giboma, cará-moela, todos são nossa herança africana bastante borrada. Muitos deles, ainda que comuns, ainda são difíceis de achar nas grandes redes de supermercado aqui do Sudeste, como cará, jiló ou quiabo, embora façam parte da nossa tradição culinária e não sejam PANC aqui. A celósia, ou como quiser chamar, é toda comestível. As folhas são um dos espinafres mais deliciosos – sempre cozida. As flores jovens podem ser empanadas e fritas, ou como corante natural; as sementes são cozidas, análogas a quinoa. Tudo se come, tudo é saboroso, tudo é belo nesta planta. Aliás, ela é recordista de postagens aqui, falei mais dela do que de qualquer outra planta. Nome cientifico: Celosia argentea, Celosia spicata Na sua região, ela é plantada como alimento, só como ornamental, ou também sumiu?

Uma planta pode sofrer apagamento? A celósia tem uma miríade de nomes populares. Rabo de gato, suspiro, mimosa, crista-de-galo, amaranto-africano, espinafre-africano.

Ela é originária da costa oeste africana, sendo até hoje muito consumida em Nigéria, Benin, Gana e Costa do Marfim.

Existe há séculos por aqui, trazida possivelmente por essas populações no Brasil colônia. Em poucas localidades o uso como vegetal persiste, apesar de a planta ser comum no país todo e se desenvolver muito bem no nosso clima.

É daquela decoração de casa de avó, de pracinha, até de beira de estrada.

Durante nossa história ela sofreu apagamento cultural, e seu uso rapidamente se perdeu. Até na Bahia, onde a cultura afrodiaspórica ainda pulsa forte, é bem raro ver dela por lá como alimento, com usos bem pontuais.

Esse apagamento não se deu só com ela, viu? Feijão-mangalô, maxixe, quiabo, jiló, giboma, cará-moela, todos são nossa herança africana bastante borrada. Muitos deles, ainda que comuns, ainda são difíceis de achar nas grandes redes de supermercado aqui do Sudeste, como cará, jiló ou quiabo, embora façam parte da nossa tradição culinária e não sejam PANC aqui.

A celósia, ou como quiser chamar, é toda comestível. As folhas são um dos espinafres mais deliciosos – sempre cozida. As flores jovens podem ser empanadas e fritas, ou como corante natural; as sementes são cozidas, análogas a quinoa. Tudo se come, tudo é saboroso, tudo é belo nesta planta. Aliás, ela é recordista de postagens aqui, falei mais dela do que de qualquer outra planta.

Nome cientifico: Celosia argentea, Celosia spicata

Na sua região, ela é plantada como alimento, só como ornamental, ou também sumiu?

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